Uma História, uma só paixão

17 de agosto de 2015

Virando o jogo...

Havia numa cidade do interior de Minas Gerais, um menino de nome João Lucas. Ele era uma criança esperta e saudável até que, aos nove anos de idade, sua mãe descobriu que ele sofria de leucemia. João teve que fazer seu tratamento em Belo Horizonte e quando retornou à sua cidade sofreu muito preconceito por causa da falta de informação de seus conterrâneos sobre a doença e foi com apenas 10 anos de idade, sendo vítima de preconceito e com uma doença que o deixava sem perspectivas de futuro que João decidiu buscar inspirações para virar o jogo de sua vida.

Nas suas idas e vindas de BH, João descobriu o Clube Atlético Mineiro e percebeu o “espírito contestador da realidade” de sua torcida. O garoto não teve dúvidas e mergulhou a fundo nessa paixão. João descobriu que não se tratava de uma simples torcida e sim de um grande grupo de pessoas fortes por natureza, que não se contentam em se fazer de vítimas e que luta para sair de situações em que a vida os coloca.

João buscou inspiração no espírito atleticano que habitava no seu interior, espírito demostrado por nós no momento em que Riascos partiu pra bola em 2013 (por exemplo) ou quando, na última Quinta, perdemos em casa para o Grêmio e mesmo assim não desistimos. Pelo contrário, aplaudimos e cantamos ainda mais alto o nome do Galão querido. 

João vivia feliz, parecia que no seu rosto havia um sorriso permanente. Quando ele chegava em qualquer um dos hospitais que frequentava na Capital, a alegria era contagiante. João representava fielmente a alma atleticana, era um apaixonado por natureza e largava tudo para ver o Galo jogar. João conseguiu virar o jogo de sua vida, passou de coitado para exemplo de vida e querido por todos.

Hoje em dia, João é apenas uma estrela que brilha no céu, mas seu espírito continua vivo dentro de mim e de todos os atleticanos do mundo. Não há palavras para expressar esse modo de ser e o fogo da paixão que temos dentro de nós por tudo que fazemos. Esse é o jeito atleticano de curtir a vida e ver o mundo, mesmo que nossa passagem por ele seja curta como foi a do menino João.
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Sobre o Autor:
Wagner Marques

Wagner Marques

Um comentário:

  1. Me fez lembrar de um poema de Cecília Meireles, o sempre uso para falar do nosso Galo:

    "Eu canto porque o instante existe
    e a minha vida está completa.
    Não sou alegre nem sou triste:
    sou (Galo) poeta.

    Irmão das coisas fugidias,
    não sinto gozo nem tormento.
    Atravesso noites e dias
    no vento.

    Se desmorono ou se edifico,
    se permaneço ou me desfaço,
    — não sei, não sei. Não sei se fico
    ou passo.

    Sei que canto. E a canção é tudo.
    Tem sangue eterno a asa ritmada.
    E um dia sei que estarei mudo:
    — mais nada." www.euvistoacamisadogalo.com.br

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