Uma História, uma só paixão

30 de maio de 2016

Partiu Riascos pra bola...


(Imagem internet )



A crônica de hoje te propõe a voltar no tempo. Votaremos ao ano de 2013, mais especificamente ao dia 30 de Maio daquele ano. 

Como foi este dia para você? O Meu foi assim:

Senti uma grande angústia neste meu coração atleticano sofrido. Estava tudo quase perfeito naquela noite de Quinta. Eu, solitário na sala de minha casa e com o manto sagrado sobre a TV, torcia em silêncio pelo Galo. Quando, de repente, uma aflição tomou conta de mim:

" - Léo Silva, você não  deveria ter feito isso. Logo agora, pô?! ", mesmo sozinho, gritei.

Imaginem só. Aos 46 do segundo tempo, contra um adversário dificílimo e em um jogo sofrido em que seríamos eliminados se tomássemos um gol, o nosso zagueiro inventa de fazer pênalti.

Os segundos que separaram o momento em que o Sr. Patricio Polic apontou a marca da cal e o fatídico instante em que Riascos partiu pra bola foram intermináveis.

Aliás, o termo “Partiu Riascos pra bola”, título desta crônica, virou sinônimo de angústia para o atleticano. Os quatro segundos que ele levou para se deslocar da meia- lua até a marca penal é lembrado por todos nós como o ápice de nossa tensão e nervosismo.

_”Quer saber?  não quero ver!  Prefiro ouvir, apenas ouvir.”, disse eu decidido a colocar a TV no “mute” e ouvir somente pelo rádio. Foi o que fiz.

E foi neste momento que escutei o narrador de voz cansada e embargada dizer:

_Partiu [Riascos] pra bola... ele vai com o pé direito... Deeeeeeeefendeu, Victor! Deeeeeeeefendeu, Victor! Deeeeeeeefendeu, Victor!”.

Eu não acreditei.  Ao Abrir meus olhos, ainda lacrimejantes, me virei para a TV, que, por causa do atraso normal de uma transmissão televisiva, ainda mostrava o craque do Tijuana correndo pra bola e, depois, fazendo-a explodir na perna esquerda de Victor.

A explosão atleticana foi espontânea, gigantesca e interminável. Até os dias atuais,  toda vez que o atleticano está vivendo um momento semelhante ao instante em que Riascos partiu pra bola na noite de 30 de Maio de 2013, ele se lembra de acreditar, porque sempre existirá uma esperança, um milagre. Bendito seja São Victor do Horto!

A partir daquele momento, ocorrido a exatos 3 anos atrás (parece que foi ontem), todas as fases difíceis que enfrentamos se passaram como um filme refletido na minha cabeça.  O Sonho, graças a um Santo, se tornou realidade. Nem mesmo aqueles modestos secadores ligados no 220v conseguiram interferir nas linhas de uma grande história.  

Enganaram-se os que acreditavam que aquela cena seria única [coitados]! Até a conquista do título, os corações atleticanos, como de costume, sobreviveriam a outros ataques cardíacos na Libertadores daquele ano.

Mas o dia 30 de Maio de 2013, também  conhecido como o dia em que todos os amantes de futebol se tornaram atleticanos. Mesmo que por alguns instantes, todos puderam sentir a emoção desproporcional, sem igual e abundante, puderam sentir a emoção de torcer pelo meu amado e querido CLUBE ATLÉTICO MINEIRO!

(Escrito por Ana Lu Siqueira / Wagner Marques )




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