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Retranca, catimba, nervosismo, pênalti perdido e atuação instável. Há vários motivos para explicar o empate do Atlético com o Nacional, por 1 a 1, na noite desta quarta-feira, no Independência. Com o resultado, o Galo perdeu a chance de abrir a vantagem de seis pontos para os outros concorrentes de seu grupo e de ficar entre os de melhor campanha na classificação geral.
A pressão prevista pelo
técnico Gustavo Morígino começou cedo: logo no primeiro minuto, Jô quase abriu
o placar após cruzamento da esquerda. Era só o prenúncio do que viria pela
frente. Empurrado pela torcida, o time tomou conta do campo de ataque, apesar
de Torales tentar diminuir o ritmo quando o Nacional-PAR tinha a bola. Apesar
da pressão, foi num contragolpe que veio a melhor chance para abrir o placar.
Apesar de jogar nos
contra-ataques, a postura do Nacional não foi tão defensivo quanto a esperada.
Porém, o time paraguaio cometeu deslizes defensivos e cometeu pênaltis
infantis.
No primeiro, Tardelli
recebeu de Ronaldinho e ganhou de Mendonza na corrida. O defensor acabou
puxando a camisa do atacante na grande área. Na cobrança, o meia parou no
goleiro Ignacio Don, que pulou em seu canto direito para defender.
Não demorou para que o
Galo tivesse outra ótima chance. Em cobrança de falta de Ronaldinho, Melgarejo
cortou a trajetória da bola com a mão dentro da área. Dessa vez, o craque
trocou de canto - e o goleiro também, quase defendendo: 1 a 0, aos 19 minutos.
Contudo, o Galo mostrou
dificuldades na saída de bola e deixou o Nacional avançar suas peças em campo.
Primeiro, Benítez saiu na cara de Victor, que fez uma defesa arrojada no Horto.
O castigo veio aos 37 em cobrança de falta de Riveros. O paraguaio acertou a
gaveta e a bola ainda raspou no travessão antes de entrar: 1 a 1.
A etapa final começou como
terminou a primeira. O Galo, normalmente temido em seus domínios, apresentava
muito nervosismo diante de um adversário que chegou a Belo Horizonte para
tentar um empate. Errava passes, não conseguia controlar o jogo e esbarrava
numa marcação adiantada e por pressão no meio-campo. Paulo Autuori trocou Josué
por Leandro Donizete e, já no fim, Pierre por Guilherme.
Em jogada iniciada por
Tardelli, Neto Berola recebeu na direita e acionou o camisa 9 na área, mas ele
furou o arremate. A jogada, aos 10 minutos, foi a primeira de real perigo na
etapa final.
No abafa, o Atlético criou
dois lances seguidos. Ronaldinho tentou improvisar uma bicicleta, mas furou a
bola. Depois, Marcos Rocha cruzou rasteiro, mas o goleiro saiu no chão para
interceptar.
Uma mudança tática chamou
atenção no Nacional. Antes da metade do segundo tempo, o técnico Gustavo
Morínigo sacou um atacante e colocou um zagueiro. Neto Berola perdeu chance
incrível aos 25 minutos. Ele tabelou com Ronaldinho e, na cara do gol, chutou
por cima.
A falta de criatividade na
armação foi um dos problemas mais graves cometidos pelo Atlético. O primeiro
toque de Guilherme na bola foi na sobra da defesa paraguaia, mas a bola passou
por cima.
Agora, o Atlético-MG volta
suas atenções para o Campeonato Mineiro. No domingo, às 16h (de Brasília),
começa a decidir uma vaga na final contra o América-MG, mais uma vez no
Independência. Pela Libertadores, só volta a campo no dia 3 de abril, quando
visita o Santa Fé, em Bogotá, na Colômbia.
Sobre o Autor:
Foi doído o empate? Foi! Sensação de derrota? Sim! Agora, dizer que aquele Nacional NÃO é um time ORGANIZADO em campo é uma ofensa ao futebol. Marcação firme, defesa bem postada... http://www.euvistoacamisadogalo.com.br/
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