E pelo futebol...

     Que o futebol sempre entorpeceu o ser humano de alegria, isso não é  novidade. Nas mesas de bar e nas reuniões de família, não houve aquele que deixou de fazer uma piadinha com o time adversário. Essa semana, li no Blog "De Bola pra Moda", um texto intitulado "Ainda vale a pena!", no qual expressava o porquê do nosso amor ainda estar vivo.
     Talvez o brilho dos nossos olhos esteja naquele belíssimo gol de falta, feito por Ronaldinho Gaúcho. Talvez também, esteja voltado à nossa arquibancada, onde a torcida fez questão de prestar  homenagem a Dona Miguelina, sua mãe, arquiteta também de nosso sonho.

     É capaz de os aplausos estarem voltados às canetas de Cristiano Ronaldo. Mas é capaz também, que a arquibancada aplauda de pé, o seu gesto para com o torcedor albanês que "invadiu" o campo em busca do abraço do seu ídolo. E cá entre nós, ele teve resposta.

     Mas e o apito amigo? Ele não é capaz de interferir no espetáculo? Meu caro, ainda existe gente que não consegue deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz após ter feito algo de errado e aí que entra Morten Wieghorst (capitão da seleção dinamarquesa de 2003), que não se deixou ajudar e perdeu o pênalti de propósito, após ter sido marcado irregularmente.

    E o garotinho de sete anos que invadiu o Soccer City, em busca de uma foto? Ele, assim como Israel, que foi atrás de Neto Berola, dão um show em força de vontade! 

  Companheiro, acho que o mundo deveria ser mais "futebolístico". Carregar nos olhos o fulgor do garoto Israel, o amor das torcidas nas arquibancadas, o calor do abraço de um ídolo, o fervor do sangue nas veias do goleador, a honestidade de Wieghorst e o sonho, que no coração de cada um que tem a bola nos pés, permanece e é imortal. Se ainda há motivos pra continuar, vamos usá-los ao nosso favor. E pelo futebol, ah! Só pelo verdadeiro FUTEBOL, isso aqui irá progredir.

Sobre o Autor:

Thaís de Lima

Portadora de sangue preto e branco.