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Foto: Bruno Cantini |
Sensacional.
Uma vaga direta. Era o que valia o jogo para o Galo. Em uma partida digna da
história deste grande confronto. Três expulsões, pênalti perdido, duas viradas
e muita disposição de ambos os lados. O duelo com o Cruzeiro deste domingo
justificou um velho clichê do futebol: ‘sobrou emoção no clássico’. E sobrou
mesmo. O Atlético abriu o placar aos 4 minutos e deu ares de que poderia golear
o rival.
A
torcida do Glorioso das Alterosas compareceu em grande número ao estádio, certa
de que a invencibilidade em casa, na atual temporada, seria mantida. A equipe
alvinegra, desde a conquista do Campeonato Mineiro, não perdeu nenhuma partida
diante do torcedor. Em determinado momento do jogo, a impressão era a de que o
Cruzeiro conseguiria a vitória, mas, em dois gols assinalados por zagueiros,
quando o rival estava à frente no placar, o Atlético virou o jogo.
O
gol relâmpago levou a torcida atleticana ao delírio no Independência. O
Cruzeiro chegou com mais perigo ao ataque, mas, atabalhoado, perdeu
oportunidades. Já o Atlético foi eficiente quando chegou. E foi logo aos 4
minutos. Guilherme chegou pela direita e cruzou. Leandro Guerreiro cabeceou
para cima e a bola sobrou nos pés de Bernard, que fuzilou o gol de Fábio. O
camisa 1 cruzeirense nem se mexeu.
A
festa alvinegra, que havia começado bem antes da partida, aumentou ainda mais.
E a vontade dos jogadores também crescia a cada dividida. O volante Pierre
abriu a lista dos amarelados ao parar Everton, que seguia livre em direção ao
gol. Os jogadores do Cruzeiro foram à loucura e pediram a expulsão do atleticano.
Na
cobrança da falta, Ceará mandou a bola muito perto do gol. O Cruzeiro seguiu
tentando pressionar. Montillo era o jogador mais lúcido da equipe. Aos 19
minutos, ele cruzou da direita e o goleiro Victor deixou escapar, mas se
recuperou no lance.
A
Raposa tratou de equilibrar as ações e fez a torcida do Galo sentir calafrios.
Anselmo Ramon acertou a trave, e na sequência o goleiro Victor tirou dos pés de
Martinuccio, que se preparava para empurrar para as redes.
No
contragolpe, Ronaldinho Gaúcho fez belíssima jogada sobre Tinga e lançou
Guilherme, que finalizou por cima. O Atlético equilibrou as ações quando o
Cruzeiro perdeu o gás, diante das chances perdidas. Aos 36 minutos, Leandro
Guerreiro fez pênalti claro em Jô. Ronaldinho cobrou no canto esquerdo de
Fábio, que defendeu.
O
Cruzeiro, novamente estimulado, não perdoou. No último lance do primeiro tempo,
aos 46 minutos, Montillo cruzou, e Martinuccio subiu sozinho. O atacante
fuzilou de cabeça para empatar a partida. Tudo igual na primeira etapa para um
futebol equilibrado.
O
segundo tempo foi ainda melhor do que o primeiro. O Cruzeiro começou melhor.
Logo aos 3 minutos, Anselmo Ramon cruzou na pequena área e Leonardo Silva
salvou o Atlético. No lance seguinte, Thiago Carvalho lançou Everton na área e o
lateral-esquerdo virou a partida.
O
gol fez a torcida do Galo pegar no pé de Guilherme, jogador tradicionalmente
escolhido pelos atleticanos para pagar o pato. Cuca ouviu os torcedores e sacou
o meia para a entrada de Neto Berola. Na sequência, os volantes Tinga e Leandro
Donizete trocaram cotoveladas, e Paulo César Oliveira expulsou os brigões, que
saíram de campo discutindo muito.
Logo
na jogada seguinte, o Cruzeiro quase ampliou. Marcinuccio cruzou para a área e
Victor tirou. Aos 8 minutos, Tinga e Leandro Donizete se agrediram mutuamente e
foram expulsos da partida.
Aos
14, Ronaldinho Gaúcho tratou de desfazer o erro do pênalti e ajudou o Galo a
empatar a partida. Leonardo Silva escorou escanteio de cabeça, e Marcelo
Oliveira, tentando evitar que o camisa 49 tocasse na bola, acabou colocando
para dentro do próprio gol. A arbitragem assinalou gol do zagueiro atleticano.
Aos
29, veio a virada. Em nova cobrança de escanteio, Rever subiu sozinho e
cabeceou para as redes. O clássico seguiu eletrizante até o fim. Após o gol,
Cuca tirou o craque atleticano, que foi ovacionado ao deixar o campo para a
entrada de Serginho. O jogador foi para o banco de reservas visivelmente
chateado com a substituição. No fim, Anselmo Ramon ainda foi expulso.
Nos
acréscimos, o goleiro Victor fez um milagre ao salvar o gol de Leandro
Guerreiro na pequena área. Com o empate do Grêmio, concorrente direto a vaga da
Libertadores, e a vitória do Galo, que coroou uma grande campanha no
Brasileirão, garantiu participação na principal competição continental entrando
direto na fase de grupos.
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