Foto: Lance Net |
Lutando contra o ‘fantasma’ do Olímpico, o Atlético venceu o Grêmio colocando um fim no
tabu de 14 anos sem triunfo sobre o time gaúcho no estádio tricolor. Com um gol
de Jô, após linda jogada de Bernard, o Galo foi a 16 pontos e assumiu a
liderança do Brasileirão.
Com
a derrota do Cruzeiro para o São Paulo, o Atlético entrou em campo neste
domingo sabendo que dependeria somente de si para assumir a liderança do
Campeonato Brasileiro. Apesar do desejo de alcançar a ponta da tabela, a equipe
alvinegra também tinha consciência que para chegar lá, precisaria superar um
tabu indigesto: vencer o Grêmio no Olímpico. A última vez que isso tinha
acontecido foi em agosto de 1998.
Alheio
às vaias da torcida adversária ao eterno desafeto Ronaldinho e à expectativa
pela estreia de Zé Roberto e promoção do goleiro Marcelo Grohe, o time mineiro
apostou no talento de um garoto, de 1m62cm e apenas 19 anos, Bernard. Saiu de
seus pés a jogada decisiva da partida - chapéu duplo na zaga que resultou no
gol de Jô.
Quando
a bola rolou no Olímpico, as vaias para Ronaldinho deram lugar à apreensão e à
esperança da torcida gremista. Jogando em seu campo, os gaúchos foram ao
ataque, como já esperavam os jogadores do Galo, que demorou a se estabelecer em
campo, envolvido pelo trabalho com a bola do time da casa.
Jogando
em casa, porém, foi o Tricolor Gaúcho quem partiu para cima e tomou a
iniciativa. O meia estreante, Zé Roberto, mostrou logo que entrosamento com o grupo
não seria problema no jogo. Com muita habilidade, o jogador se entendia bem com
o atacante Marcelo Moreno e deu muito trabalho para o goleiro Giovanni. O
arqueiro alvinegro, aliás - que agora tem a posição ameaçada com a contratação
de Victor - fez grandes defesas na etapa inicial, salvando o Atlético por
várias vezes.
Aos
poucos o Atlético foi equilibrando a partida. O time mineiro, porém, era menos
incisivo que o Grêmio. Logo em sua primeira grande chance, porém, o Galo
marcou: Bernard apanhou rebote de escanteio pela ponta esquerda deu dois
chapéus consecutivos, primeiro em Souza, depois em Edilson, e cruzou na medida
para Jô acertar um belo voleio na pequena área: um gol de placa, que colocava o
time mineiro na frente.
Foto: Super FC |
No
segundo tempo, o Grêmio voltou a campo com duas mudanças, entrando Rondinelly e
Tony nos lugares de Léo Gago e Edilson. O time da casa manteve a postura
ofensiva e continuou buscando o gol de empate, mas o Atlético se segurava como
podia atrás. Aos 7 minutos, Zé Roberto, da entrada da área, mandou um chute
forte e quase balançou as redes adversárias.
Aos
poucos, o Atlético foi ganhando espaço e passou a dar trabalho novamente para o
Grêmio. Na linha de fundo, Serginho tocou para trás para Danilinho que, da
entrada da área, sozinho, chutou para fora. Depois foi a vez de Jô quase
ampliar. Danilinho recebeu passe de Ronaldinho, tocou para Jô, o atacante
chutou firme contra o gol, mas Marcelo salvou o Grêmio.
Luxemburgo
se lançou completamente ao ataque. Tirou Fernando, que levou seu quinto cartão
amarelo em seis jogos, e pôs em campo André Lima. Assim, o Grêmio ficou com
apenas um volante (Souza), dois meias (Zé Roberto e Rondinelly) e três
atacantes (além de André Lima, Kleber e Moreno).
Não
faltou disposição e sobrou até destempero emocional. Mesmo sem ter levado
amarelo, o reestreante Anderson Pico, oriundo da base e com contrato renovado,
foi expulso aos 37 minutos por atingir o adversário no rosto.
As
últimas chances foram todas do Atlético. Em contra-ataque puxado por
Ronaldinho, aos 42, Marcelo Grohe salvou o Grêmio ao defender chute de
Escudero, que entrou sozinho. Aos 44, Ronaldinho cruzou e Jô encheu o pé, mas
chutou para fora. Já nos acréscimos, Escudero chutou para defesa de Grohe.
Tanto
Grêmio quanto Atlético-MG têm semana livre de treinos, seja para juntar os
cacos da derrota ou saborear a nova liderança. O clube gaúcho enfrenta, no
próximo domingo, às 16h, o Santos, na Vila Belmiro. Já o Galo defende o topo da
tabela contra a Portuguesa às 18h30, no Independência.
Sobre o Autor:
Noite de Bernard, menino ta voando... Que continue assim
ResponderExcluirQuebramos o tabu contra Ponte Preta e Grêmio. E temos uma defesa sólida, como há muitos anos o time não tinha. Além disso, o elenco está unido. A cada vitória, a comemoração do grupo mostra isso. Contra tudo e contra todos. A união é super importante em um campeonato longo. Cada vitória é importante demais, ainda mais fora de casa, contra time grande. Independente de ser 1x0. Basta lembrar que o SP foi campeão, em 2008, com placares minguados. Avante Galo. Ainda está cedo, mas é bom sentir a liderança!
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